Olá, Eu Sou um Livro!
de Rui Grácio;
ilustração de Catarina Fernandes
Sinopse:
Porquê
escrever um livro com o título «Olá, eu sou um livro»?
Os que me conhecem melhor, suspeitarão que a coisa tem algo
de deformação passional e não esconde o meu apego aos gestos filosóficos.
Mais
precisamente, este título apontaria para o gesto de provocar o movimento
reflexivo dos leitores, de procurar despertar para modos secundários de ver, de
tentar introduzir outras perspectivas no olhar, de deixar algumas pistas para
pensar.
E, de
facto, à medida que se lê este livro, o leitor vê-se enredado não
prioritariamente na pequena e simples narrativa que conta a ida da pequena
Emília a uma livraria para comprar um livro, mas no universo dos livros e da
leitura, como que se de um universo de relações pessoais se tratasse.
A
personificação que nesta história se faz do livro da capa de cartão, permite,
por um lado, sentir o livro enquanto entidade viva, e, por outro, passar da
ideia do livro como objecto, entre tantos outros objectos de manuseamento (um
utensílio), a um objecto de consideração, na medida em que carrega o dizer de
pessoas e se insere num processo criativo de comunicação humana, com a partilha
que isso implica.
De
facto, o livro propõe que partilhemos o mundo que ele nos abre.
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