Sábado COM histórias | 09 NOV



Olá, Eu Sou um Livro! 
de Rui Grácio;
ilustração de Catarina Fernandes 


Sinopse:
Porquê escrever um livro com o título «Olá, eu sou um livro»?
Os que me conhecem melhor, suspeitarão que a coisa tem algo de deformação passional e não esconde o meu apego aos gestos filosóficos.
Mais precisamente, este título apontaria para o gesto de provocar o movimento reflexivo dos leitores, de procurar despertar para modos secundários de ver, de tentar introduzir outras perspectivas no olhar, de deixar algumas pistas para pensar.
E, de facto, à medida que se lê este livro, o leitor vê-se enredado não prioritariamente na pequena e simples narrativa que conta a ida da pequena Emília a uma livraria para comprar um livro, mas no universo dos livros e da leitura, como que se de um universo de relações pessoais se tratasse.
A personificação que nesta história se faz do livro da capa de cartão, permite, por um lado, sentir o livro enquanto entidade viva, e, por outro, passar da ideia do livro como objecto, entre tantos outros objectos de manuseamento (um utensílio), a um objecto de consideração, na medida em que carrega o dizer de pessoas e se insere num processo criativo de comunicação humana, com a partilha que isso implica.
De facto, o livro propõe que partilhemos o mundo que ele nos abre.

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